FATORES
HISTÓRICOS CONTRIBUINTES PARA A EVANGELIZAÇÃO DA IGREJA EM SEU 1º SÉCULO
A eclésia cristã em seu nascedouro e
difusão, é entendida por muitos fatores que foram fundamentais para o seu
crescimento, neste breve resumo histórico queremos propor apenas uma rápida
visualização de como a fé Cristã se inicia e se expande em seu primeiro século
e nós em pleno século 21 colhemos as inúmeras benesses deixadas por aqueles que
nos antecederam.
Milagres - Prodígios e milagres aconteciam no
meio do povo, essas obras poderosas atraíam a atenção do povo, motivavam a
investigação e abriam os corações das multidões, para receberem a fé em Cristo.
Leigos e Clérigos – Muito embora pareça que os “’Evangelhos
e Atos dos Apóstolos” demonstrem somente os apóstolos de forma mais incisiva a
pregar os evangelhos, mas uma análise mais acurada fica claro que todos os
crentes em geral testemunhavam em todas as partes que estavam, e isso
contribuía significativamente para a expansão do evangelho de Cristo.
Socialismo
radical na comunhão de bens
– dentre a comunidade cristã primitiva, não havia necessitados os mais
abastados compartilhavam com os menos afortunados suprindo assim a carência
material de todos, a ponto de venderem propriedades em prol na nova comunidade
e do reino de Cristo.
A Perseguição da
Igreja – outro fator que de
forma interessante contribuiu para a expansão da fé cristã em seu nascedouro,
foi a perseguição da igreja encabeçada por Saulo, pois os cristãos perseguidos,
onde chegavam anunciava o evangelho, tendo o mesmo uma significativa aceitação
não somente dentro dos arraiais judaicos, mas em praticamente todo território
da Palestina.
UM BREVE HISTÓRICO – Evangelização, Igreja e
Crianças.
A igreja desde os seus primórdios
valorizou pouquíssimo o evangelismo infantil, tendo em vista os seus muitos
fatores culturais e sociais de sua época o que foi em muito rechado pelas
palavras do próprio Cristo. Quando a igreja se hierarquiza e se
torna Católica isto é “Universal”, a
mesma interpreta a necessidade de salvação infantil a luz de um sincretismo do
rito da circuncisão para luz sacramental do batismo. Assim o batismo
Neotestametário ganha força em relação às crianças em lugar do rito
Veterotestamentário da circuncisão. Daí surgir na idade média o jargão que
dizia que a criança que não fosse batizada “morreria pagã”. Pois o batismo
agora assumia o lugar da antiga circuncisão.
Com os cisma religioso que aconteceu
na Reforma Protestante, praticamente nada mudou dentro dos círculos Católicos,
mas dentro dos arraiais Protestantes o campo de entendimento muda-se de forma
significativa, pois a mesma interpreta que as crianças a luz das escrituras
seria naturalmente uma “cidadã dos céus”, sem que para tivesse a
obrigatoriedade do batismo, pois o mesmo não salva em si, mas é direito daquele
que já está salvo em
Cristo Jesus pela fé.
Todavia pouca força a igreja impetra
nesse momento histórico no que diz respeito ao evangelismo. Mesmo porque a sua
base teológica Protestante era “Calvinista” e como tal sua ideologia faz
retrair no decorrer da história o evangelismo, o que só vai ser abalada pelo
movimento “Arminiano”, que traz uma nova tônica a igreja em muitos aspectos e
isso também se refletiu em relação ao evangelismo.
O que fica latente é que a Igreja
protestante no geral, sendo ela tanto Calvinista como Arminianista, possuíam
pontos de entendimentos concordes em relação a que a criança seria naturalmente
cidadã dos céus.
Tal ponto de vista só veio ser
alterado no século 20 e 21, onde a igreja começa a olhar e a “interpretar os
escritos” de maneira mais latente sob a ótica exegética-hermenêutica e
começa-se então a olhar para a criança como “pecadora” e, portanto, agora
necessitando de salvação e passando a ser alvo de um evangelismo mais centrado.
EVANGELISMO INFANTIL
Dependo ou não da base teológica do
obreiro, esse líder eclesiástico dará ênfase ou não em seu ministério para
determinadas áreas do seu pastoreio. Em nosso escopo de estudo, as crianças, ou
seja, o setor infantil da eclésia precisam ser de alguma forma prioridade. O
doutor Norman Geisler afirma com muita propriedade que: “... as idéias têm
conseqüências”. E dependendo de nossa perspectiva teológica colheremos (de
qualquer maneira) frutos a curto, médio ou longo prazo. E é dessa abordagem que
partiremos a nossa análise ao que diz respeito ao “evangelismo infantil”,
todavia, façamos algumas perguntas qualificadoras para aumento de nossa
percepção.
1)
A
bíblia manda evangelizar crianças?
2)
A
bíblia mostra que a criança pode se salvar?
3)
A
bíblia prova que uma criança é pecadora e conseqüentemente pode se perder?
No que tange a presente problemática,
pairam nos meios teológico-filosóficos, pelos menos duas vertentes:
Holística Favorável
Sob essa ótica procura compreender a
determinados textos, como a exemplo (Mc 16:15) e (Mt 28:19-20). Tendo em vista que
o ministério de Cristo, houve muita preocupação em alcançar as pessoas, até
mesmo aquelas que pareciam não necessitar de um encontro com Ele, neste caso as
(crianças). Tal episódio está registrado em Marcos 10: 13-16.
Então, lhe trouxeram algumas crianças
para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo
isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os
embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não
receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então,
tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
* Os que defendem tal linha de
pensamento em síntese, entende que a criança é tão pecadora quanto um adulto e
precisa receber a Cristo como o seu Salvador. Note que a base argumentativa é
pregar o “Evangelho a toda criatura”, e isso incluiu naturalmente a criança e
como tal necessita de salvação.
Holística Negativa
Se a criança é considerada de fato
pecadora, como aplicar o texto áureo da bíblia no que diz respeito ao “crer”.
Jo 3:16 ?
Por vezes, há questionamentos sobre a
eficácia de apresentar o plano da salvação para as crianças, por considerar-se
sua provável falta de entendimento e razão. Entende-se que enquanto não tem a
capacidade para discernir o pecado em lugar de justiça e da retidão, a criança
não tem responsabilidade e não será condenada. Ela é responsável quando tem a consciência
do bem e do mal; quando sabe discernir o que é pecado e que Deus não se agrada
dela.
* Mas como saber quando essa consciência moral
chega à vida da criança?
“Deixai vir a mim os pequeninos, e não
os impeçais; porque deles é o reino de Deus”. Lucas 18:16. Algumas pessoas têm
dito que devemos deixar que as crianças decidam por sua conta “quando forem
maduros,” nos assuntos que se referem a sua relação com Deus. Estes adultos
perguntam se não estamos forçando nossa religião às vidas das crianças quando
dizemos em que necessitam crer. O Dr. James Dobson usa uma ilustração da
natureza para responder esta inquietude. “Um patinho tem uma característica
interessante. Ao sair do ovo tem uma tendência a seguir à primeira coisa que se
move perto dele. A partir daí, segue este objeto particular quando se move
perto dele. O comum é que o primeiro objeto que vê seja a mãe. Mas quando se
aparta da mãe, seguirá a qualquer outro objeto móvel, por exemplo, uma bola
puxada por um cordão. Uma semana depois ainda seguirá seguindo a bola. Mas o
fator tempo é essencial: esta implantação da imagem que irá seguir só dura um
breve tempo, segundos depois de sair da casca, uma vez passados já não se pode
conseguir este resultado. Em outras palavras, existe um período crítico na vida
do patinho durante o qual este ensino é possível de modo instintivo. Pouco
depois desaparece essa possibilidade”. Podemos aplicar esta ilustração à
instrução da criança. Sabemos que existe um período de influência quando as
crianças estão bem abertas ao ensino cristão. Temos experimentado que é mais
fácil ganhar uma criança para Cristo do que um adulto já que seu coração está
termo. Como o patinho a criança será influenciada pelos modelos que recebe na
idade onde mais se impressiona, sejam bons ou ruins. De uma forma ou outra a
criança irá aprender. Assim que, por não “doutrinar” a criança o que os pais
devem fazer é “decidir” no sentido negativo ou positivo e não deixar que ele
decida.
Dizem que um líder comunista disse uma
vez: “dá-nos uma criança aos sete anos e
será nosso definitivamente”.
BASES BÍBLICAS PARA EVANGELIZAR AS CRIANÇAS
TODO SER HUMANO
é alvo do amor de Deus
“Porque Deus amou o MUNDO de tal
maneira que deu o seu Filho Único para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Jô 3:16)
O SER HUMANO É
PECADOR, INCLUSIVE AS CRIANÇAS.
“Eis que eu nasci em iniqüidade...”
(Sl 51:5)
“Porque todos pecaram..” (Rm 3:23)
“Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Rm 5:12)
TODOS PRECISAM
SABER DO PLANO DE SALVAÇÃO
“Ide e pregai o evangelho a TODA criatura”. (Mc 16:15)
AS CRIANÇAS
ESTÃO OU NÃO ESTÃO INCLUÍDAS!
Assim sendo é necessário e urgente que
cada igreja entenda que precisa evangelizar também as crianças.
Observe este informe: “85% dos cristãos receberam a Cristo entre os 4 e
aos 14 anos de idade.”
EVANGELISMO INFANTIL E A RELEVÂNCIA DA IDADE
Quando começar e como evangelizar uma
criança?
“Existem atualmente duas escolas de
pensamento a esse respeito. Uma vertente a favor e outra contra.”
“Será que devemos falar para uma criança
que ela é culpada quando faz alguma coisa errada? E que esse erro pode ser um
pecado?” Alguns afirmam que o ser humano deve saber, desde pequeno, que é um
pecador. Outros acham que somente devemos evangelizar crianças quando elas têm
mais idade, quando sabem o que é certo e o que é errado.
Acredita-se que a criança deve sabe
sobre as coisas de Deus bem cedo. Mas o ensino bíblico deve levar em conta a
idade da criança.
“E que, desde a infância, sabes as
sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus ” 2Tm
3:15
Para o professor, (evangelista) é de grande
importância conhecer aos seus alunos, (crianças). A instrução cristã é para as
pessoas de todas as idades, as quais possuem diferentes etapas de crescimento e
características gerais.
Cada uma destas épocas apresenta
diferentes características, interessantes, necessidades e problemas.
O (evangelista-professor) prudente
adaptará seus métodos de maneira que o ensino seja mais aceitável e benéfico
para seus alunos. Entretanto, não devemos nos esquecer que cada criança (aluno)
é um indivíduo diferente dos outros, e a cada um merece um tratamento especial.
O ENSINO-EVANGELISMO E SUA CORRELAÇÃO A FAIXA ETÁRIA
INFANTIL
(2 – 4 ANOS)
- Neta etapa a criança é um
“imitador”. O que vê fazer os maiores fazerem trata de fazer também. Também é
como uma esponja que absorve tudo o que lhe ensina. As bases que se formem
durante este período formarão o cimento sobre o qual a criança edificará o
resto da sua vida. Por tanto, esta etapa apresenta excelentes oportunidades de
começar a formar nele o caráter de Cristo e atitudes positivas que predominaram
durante toda a sua vida.
*
Características Físicas
- São hiper-ativos, inquietos, estão
em constante movimento. Possuem um sistema nervoso extremamente sensível.
*
Características Mentais
- Seu limite de atenção geralmente
corresponde ao de sua idade. Ou seja, se a criança possui cinco anos, só
prestará a devida atenção a algum assunto durante uns cinco minutos. Geralmente
confundem o imaginário com o mundo real.
*
Características Sociais
- Possuem pouquíssimo sentido de
grupo, são geralmente centrados em si mesmos e gostam da rotina.
*
Características para o Ensino-evangelismo
- A repetição.
(5 – 7 ANOS)
* Característica
Físicas
- Aprendem muito mais rápido pelo
campo dos “sentidos”. Gostam de aprender fazendo.
* Características
Mentais
- Possuem um grau de atenção bem
limitada, não entendem bem o simbolismo e consideram tudo muito literal, são
extramente curiosos.
*
Características Sociais
- Aprendem a ter consciência do grupo,
exercitando a noção de compartilhar. São imitadores de quase tudo dos mais
velhos.
*
Características para o Ensino-evangelismo
- Gostam da variação, e muitas
atividades recreativas, com enfoque nas questões práticas.
(8 – 9 ANOS)
*
Características Físicas
São super-ativos e possuem uma
necessidade de realizarem coisas práticas. Geralmente se excedem em quase tudo
o que fazem.
* Características
Mentais
- Seu limite de atenção dobra em
relação ao de sua idade. São literais e concretos no seu aprendizado. Gostam de
relatos que instiguem a imaginação.
*
Características Sociais
- A noção de grupo e sua aceitação no
mesmo, são de suma importância para essa faixa etária. Nesse momento começam a
ser mais altruístas e começa-se a dilatar o censo de divisão das coisas.
*
Características para o Ensino-evangelismo
- Assimilam perfeitamente os textos
bíblicos de forma mais simples, todavia com as devidas explicações. Nesse
momento podem experimentar verdadeiras conversões.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de recursos para o ministério
com crianças; Editora Hagnos.
CHUNG, Tom; Qualidade começa em mim:
manual neurolingüístico de liderança e comunicação, 6º Edição – São Paulo:
Editora: Tempo, 1999.
HURLBUT, Jessé Lyman, História da
Igreja Cristã. Editora Vida, 2006
ESCOPO DE
ATIVIDADES PARA O 2º ANO
1) Dentro do conteúdo histórico, onde
a narrativa expõe os fatores que contribuíram para o crescimento da eclésia,
cite apenas um de sua relevância e explique o por quê esse fator hoje seria essencial
para o crescimento da Igreja Cristã?
Obs: Mínimo de 7 linhas.
2) Faça uma redação em forma de
“apreciação crítica” a história do Dr. James Dobson.
Obs:
Se concorda ou discorda,... Em fim sua opinião crítica sobre a questão.
Mínimo de 50 linhas; MANUSCRITO.
3) Faça um trabalho sobre Métodos para
se evangelizar crianças. (no mínimo três) Obs: Escolha um método e explique o
porquê de sua escolha; Mínimo de 10 linhas; Manuscrito. Não esqueça de
especificar a faixa etária das crianças em relação ao método escolhido.