quarta-feira, 20 de março de 2013

Segue o que faltava da Apostila de Evangelismo da professora Miss. Regina.


CEFORTE- Centro de Formação Teológica- Polo Macaé
Matéria: Evangelismo – On-Line
Profª Regina da Penha Andrade Veloso- Cel. (22) 98957948

Queridos alunos, estarei neste ano trabalhando com vocês sobre Evangelismo, embora seja uma matéria on-line, espero que vocês aprendam bem e que se empenhem em aplicá-la no dia a dia do ministério que cada um se propôs a realizar nesta tão vasta e gloriosa obra. Estarei sempre à disposição para ajudá-los no que for preciso.


                          EVANGELISMO
   A palavra evangelização provém do grego evaggelizo, que significa: “Anuncio boas novas”. Portanto Evangelizar é levar  o evangelho às pessoas. Evangelho significa “boas noticias”. Evangelizamos quando levamos às pessoas as boas notícias de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, as salvará de seus pecados e lhes dará vida eterna. O que é pois evangelização?

                             Evangelização
Ação......................................Apresentar a Cristo
Poder...................................O Espírito Santo
Propósito..............................Que os homens possam confiar em Cristo como
                                             Salvador
Resultados...........................Servir a Cristo como Senhor na fraternidade de sua
                                             Igreja.
Evangelização é a apresentação de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, de tal maneira que os homens possam confiar nEle como Salvador e servi-Lo como Senhor na fraternidade de Sua igreja.

II- AUTORIZAÇÃO PARA EVANGELIZAR
  O grande Deus do Universo, o único verdadeiro, que fez o mundo e tudo quanto nele há, ordenou-nos a levar Sua Palavra a todas as pessoas da terra. Jesus Crist, o Filho de Deus, confiou esta tarefa à igreja. A denominamos- a Grande Comissão. É na Palavra de Deus que temos nossas ordens e autorização. Jesus  transmitiu suas ordens aos seus seguidores em ocasiões, e por isso temos a Grande Comissão em Atos 1:8; Mt 28:18-20 e Mc 16:15,16, cada vez com uma ênfase diferente quanto aos métodos que devemos usar.
   A igreja primitiva foi perseguida quando pregou o evangelho e falou ao povo a respeito de Cristo. Os discípulos foram proibidos de tonar a falar acerca de Jesus, mas eles reconheciam que a Palavra de Deus era de muito maior autoridade que as ordens dos homens.
METODOS BÁSICOS DE EVANGELIZAÇÃO
   A base de todo o trabalho de evangelização da igreja primitiva era o poder do Espírito Santo que vivia neles e por intermédio deles operava. A oração mantinha abertas as vias de comunicação. Deus lhes dava a mensagem para todas as ocasiões e a intrepidez para apresentá-la. Podemos dizer que o método fundamental de evangelização é permitir que Deus opere por nosso intermédio.
    Pregação, ensino e testemunho são os três métodos básicos de evangelização. Na pregação, proclamamos o evangelho, no ensino, explicamos as verdades do evangelho e ajudamos as pessoas a aplicá-las em sua vida, no testemunho, lhes dizemos o que Cristo fez por nós.
A OBRA DE DEUS NA EVANGELIZAÇÃO
    A evangelização começa com Deus. O plano é dele. Ele nos deu em Sua Palavra os modelos a que devemos seguir, e com Seu Espírito Santo nos dá o poder para realizarmos esta obra.
    O plano de Deus para a evangelização é uma parte de seu grande plano de redenção. Antes de criar o mundo ou de formar o homem para ser objeto de seu amor, Deus viu o problema que o pecado acarretaria. Separaria dEle a raça humana e a impossibilitaria de desfrutar a vida feliz e eterna para qual havia sido criado. O pecado teria ser castigado com a morte. O único modo de salvar o pecador seria uma pessoa inocente tomando seu lugar. Desse modo, Deus planejou que Ele mesmo sofreria o castigo que nossos pecados mereciam. Deus Filho, a segunda pessoa da Trindade, assumiria a forma humana e morreria em nosso lugar. Ressurgiria e daria vida eterna a todos quantos o aceitassem como Senhor e Salvador. E Espírito Santo viria habitar neles e lhes daria uma nova natureza. Quebraria o poder do pecado e os faria filhos de Deus. Este é o plano divino da redenção.
    Deus então viu a necessidade de mensageiros para levar as boas novas da redenção ao mundo todo. Que melhores mensageiros poderia haver do que aqueles que experimentaram sua salvação? Eles seriam suas testemunhas. Sua vida seria a prova da autenticidade da salvação, o Salvador os acompanharia, o Espírito Santo operaria por meio deles. Formariam a Igreja do Senhor Jesus Cristo.O plano de Deus para a evangelização é operar através de toda a Igreja para levar todo o evangelho ao mundo inteiro.

O PODER DO AMOR
    O êxito ou o fracasso de qualquer pessoa depende, em grande parte, de suas atitudes e motivações. Isto se aplica também com relação a evangelização. Nossas atitudes podem atrair as pessoas para Deus ou afastá-las dele. O amor atrai. Foi o amor de Jesus que atraiu as multidões para ele. Também foi a revelação do amor de Deus que nos atraiu. O amor sincero é mais poderoso para ganhar almas para Cristo do que nossa melhor capacidade de pregar, ensinar ou testemunhar. O amor tem uma eloquência que lhe é peculiar.
    Nossas atitudes revelam esse amor tão essencial a uma evangelização eficaz. É o amor a Deus e ao próximo. Quanto mais profundo nosso amor a Deus e ao próximo, maior dinamismo revelaremos em nossos métodos. O amor a Deus é a chave que atrairá as pessoas a Cristo. Esse amor nos ajuda, também, a ver-nos da perspectiva correta e a encontrar o lugar que nos cabe no plano de Deus.
O ESPÍRITO SANTO E A PALAVRA
    O Espírito Santo opera por meio da Palavra. Deus elegeu-nos para levar Sua Palavra a outros porque deseja revelar-se a eles através dela. Pensemos em cada cristão como uma lâmpada que se acende para ser usada na evangelização. O Espírito Santo fala ao homem por meio da palavra. Foi Ele quem inspirou os autores humanos para que escrevesse sua mensagem, para eles próprios e para nós, na Bíblia Sagrada. Nossa principal responsabilidade na evangelização é levar a mensagem de Deus aos homens e ajudá-los a ouvir e obedecer à sua voz. O Espírito Santo opera mediante a Palavra pra transformar vidas e converter os pecadores em santos.
Ferramenta da evangelização- para termos uma evangelização dinâmica devemos crer na Palavra de Deus, experimentar seu poder e transmitir sua mensagem. O melhor vendedor é o que está totalmente convencido do valor do produto que vende. A dúvida a respeito da inspiração e aplicabilidade da Bíblia  minam a autoridade espiritual para a pregação
O ESPIRITO SANTO OPERA POR NOSSO INTERMÉDIO
   O Espírito Santo não pera somente por meio da Palavra, mas também por nosso intermédio. Ele nos usa pra proclamarmos o poder Salvador de Jesus ao mundo.
O PODER DA ORAÇÃO
    Ninguém compreende o mistério da oração, mas todos podemos dar graças a Deus por seus efeitos! Por que o Deus Todo-Poderoso deseja que participemos de sua obra? Ele deseja que nós seus filhos, participemos de seus interesses e falemos com Ele o melhor método de executar a tarefa que nos confiou?
    À medida que oramos e louvamos a Deus, o Espírito Santo nos dá o amor e a compaixão essenciais à evangelização dinâmica e eficaz. Louvemos a Deus  pelas almas que queremos ganhar e pelo que Ele vai realizar na vida deles. Merlin Carothers conta-nos de várias mulheres que haviam orado durante anos pela conversão dos esposos. Quando começaram a louvar a Deus por eles, de repente descobriram que seu aumentava. Caíam as barreiras. Logo aquele esposo aceitava a Cristo. Deus opera em nós, opera nos outros e opera nas circunstâncias quando oramos por eles. (Jó 42:10).
    Enquanto oramos, Deus nos ajuda a ver as necessidades dos que nos rodeia; guia-nos àqueles a quem devemos dar testemunho; nos proporciona a coragem de que necessitamos, e nos dirige quanto ao que devemos falar. O Espírito Santo guia-nos e opera através de nós para a Salvação de  almas, e resposta à oração de outros crentes também.

NOSSA MENSAGEM SOBRE O PECADO Rm 6:23
   Precisamos dizer às pessoas o que é o pecado
1-    Enfermidade da alma
2-    Rejeição a Deus
3-    Errar o alvo
 Precisamos mostrar às pessoas sua necessidade
1-    Sua culpa
2-    O perigo

             ENFERMIDADE DA ALMA-= Deus compara o pecado à lepra. As  chagas infeccionadas dos atos pecaminosos são apenas sintomas da enfermidade interior da alma. Não basta curar os sintomas de uma enfermidade. o Grande médico nos apresenta um diagnóstico que exige uma cura radical de nossa natureza pecaminosa. Mc 7:20-23. Muitos daqueles a quem o Senhor lhe enviará não compreendem que são pecadores, porque a enfermidade da alma não se manifestou em ações pecaminosas semelhantes às que ele vê em outras pessoas. É importante que saibam o que Deus diz a respeito do pecado. Eles necessitam da salvação tanto quanto o pecador mais perverso que conheça. Deus descreve o pecado como  uma enfermidade que afeta a cabeça (pensamentos errôneos), o coração (emoções erradas) e os pés (ações erradas. O PECADO COMEÇA EM NOSSOS PENSAMENTOS E SE ESTENDE AOS NOSSOS SENTIMENTOS E AÇÕES Is 1:5,6.
REJEIÇÃO A DEUS- Deus nos fez com uma natureza semelhante à Sua para que possamos ser seus filhos (Gn 1:26,27). Ele nos deu mente, emoções,vontade. Paulo fala do corpo como de um edifício dentro do qual vivemos. Em seu interior se acham os princípios ativos da personalidade: mente, vontade e emoções. O Criador tem o direito de governar sobre sua criação. Considerando que Ele é a fonte de nossa vida, e que satisfaz a todas as nossas necessidades, cabe-lhe por direito o primeiro lugar em nossas vidas. Sendo Ele o centro, podemos desfrutar de todas as coisas maravilhosas que Ele nos preparou. Mas o que acontece, muitos resolvem governar a si mesmos em vez de deixar Deus no governo. Esta rejeição, é rebelião contra ele, é o pecado fundamental do qual procedem todos os demais pecados. O eu pecaminosos arrebata o trono de Deus e levanta barreiras contra ele em cada aspecto de nossa personalidade: 1) a incredulidade com relação a vontade de Deus; 2) a indiferença para com o amor de Deus,e 3) a rebeldia contra sua autoridade. Pecar é rechaçar a Deus. É guardar para nós mesmos o lugar que pertence a Deus em nossa mente, emoções ou vontade.



Queridos alunos, estou enviando para vocês parte da apostila que está sendo elaborada, na semana que vem envio o restante, mas podem começar o trabalho que deverá ser entregue no  06/04.

TRABALHO- O PROPÓSITO DE DEUS NA EVANGELIZAÇÃO
                          - Fale sobre os métodos básicos de evangelização
                          - o poder do amor na obra evangelizadora;
                           - O Espírito Santo e a Palavra;
                            - Como dizer pra alguém que ele é pecador, mostrando o perigo de se manter nessa posição ( Separação, Erro, infortúnio, escravidão, o juízo e a morte)
                          - Como levar a mensagem de Salvação;
                          - Como ajudar as pessoas a aceitarem a Cristo;
                          - como ter uma comunicação eficaz.
Fonte de pesquisa: Livro Plano Mestre de Evangelismo- Robert E. Coleman
                                  Testemunhando sem medo –Bill Bright


Cont. NOSSA MENSAGEM  A RESPEITO DO PECADO
INCREDULIDADE CONTRA A VERDADE
    Quando nos recusamos a crer em algo que Deus nos diz, cometemos o pecado da incredulidade. A mente rejeita a verdade de Deus. Assim começou o pecado da raça humana: Satanás conseguiu que Eva duvidasse da veracidade do que Deus havia dito (Gn 3:1-5). Sabemos que pensamentos errôneos conduzem a emoções erradas e a ações errôneas. Vemos a culminância desse pecado no Calvário, onde os homens rechaçaram a Verdade Encarnada e crucificaram o Filho de Deus (Jo. 1:1-12; 14:6; 3:14-18). Deus nos manda voltar de n ossos pecado e crer no evangelho, as boas novas de salvação em Jesus Cristo.
INDIFERENÇA PARA COM O AMOR DE DEUS
    Deus é amor ( I Jo. 4:8) e deseja que nós, como seus filhos, compartilhemos sua natureza. Criou-nos de tal modo que somente quando amamos e somos amados encontramos satisfação para nossas necessidades emocionais. Assim como Ele é a fonte de toda a verdade, é também a fonte de todo amor verdadeiro. A aceitação de seu amor é a única coisa que pode libertar o homem do egoísmo, das suspeitas, do ressentimento, dos temores, do orgulho, do crime e das guerras. A grande dádiva do amor de Deus ao mundo – o Senhor Jesus Cristo – revelou a profundidade de seu amor por nós.
    Agora Deus deseja entrar e encher cada vida com o seu amor (Rm 5:5). Quando nos sentimos cheios do amor de Deus respondemos-lhe com nossa gratidão e nosso amor. A adoração e o louvor são simplesmente modos de expressar esse amor, essa confiança, essa devoção.
   Através da Bíblia vemos tanto o amor de Deus ao seu povo como sua tristeza pelos indiferentes ao seu amor. Ele se revela como uma pai amoroso que atente a todas as necessidades dos filhos, mas estes filhos ingratos rebelam-se contra ele  ( Is.1:2). Ele se compara a um esposo cuja esposa quebrou os votos matrimoniais e foi atrás de seus amantes; todavia, ele ainda a ama. Redime-a da escravidão e a recebe de novo (Os. 1-3).

REBELDIA CONTRA A AUTORIDADE DIVINA
    Como Criador  e Governador do universo, Deus estabeleceu certas leis naturais, morais e espirituais para benefício de toda a sua criação. Por sua vez, o homem desafiou a autoridade de Deus, rebelou-se contra seu governo e declarou-se independente dele. Deseja governar-se a si próprio e seguir o seu caminho, em vez de ajustar-se ao plano de Deus para sua vida. Este é o pecado da vontade.
    Quando uma pessoa se acha em rebeldia contra Deus ele é lavada a desobedecer-lhe, quebrando as leis que ele proveu para a mente, emoções e para o corpo. Deus ordena a fazer o bem e não o mal. Assim, qualquer mal que fazemos deliberadamente a outras é, também,um pecado contra Deus. (I Jo.3:4; 5:17).



                              

                               O PECADO É DESOBEDIÊNCIA A DEUS
1-    Por não fazermos o                                     2- por fazermos
Que nos foi ordenado                                      o que nos foi proibido

ERRAR O ALVO- Deus nos criou com um propósito: que nós, como seus filhos, possamos amá-Lo, honrá-lo e desfrutar o seu amor para sempre. Cainhar com Deus aqui e depois compartilhar a sua glória eterna é o propósito de nossa existência. Qualquer coisa que nos aparte desse propósito, que nos impeça de alcançar esse alvo, é pecado. A palavra que a Bíblia emprega com maior frequência para falar do pecado refere-se a esta auto separação de Deus. Significa “errar o alvo, não acertá-lo”, e sugere três imagens: uma flecha mal dirigida, um viajante extraviado, e uma peça que não satisfaz à norma estabelecida para ela.

MOSTRAR ÀS PESSOAS SUA NECESSIDADE
1-    Sua culpabilidade- Você já notou que as pessoas mais difíceis de ganhar para Cristo são as que se suficientemente boas tal como são? Podem aceitar que os alcoólatras e os criminosos necessitam ser salvos , mas dizem: “As coisas boas que faço tem maior peso que as más. Já teve alguma vez uma mancha de fuligem, de tinta ou de gordura no rosto, sem saber? Depois você se viu no espelho. A mensagem d espelho mandou-o diretamente a lavar o rosto! Acontece a mesma coisa na convicção do pecado. Contemplamo-nos no espelho da Palavra de Deus. Nela vemos nossa pessoa à luz das normas da santidade de Deus (Tg 1:21-25). O Espírito Santo ajuda-nos a ver aqueles nossos pecados que nem sequer sabíamos existir. Graças a Deus, achamos limpeza em Cristo! Então Ele nos confia a tarefa de apresentar o espelho de sua Palavra a outros, para que possam ver-se tal como são (I Jo. 1:18; Is 64:6, Rm 3:23; Tg 2:10)
2-    Mostrar-lhes o perigo- 1) Separação- o pecado separa de Deus os seres humanos; separa uns dos outros.O homem se separa de Deus por uma ação voluntária. Adão e Eva procuraram se esconder de Deus no Éden. A culpa os fazia evitar um encontro com Deus. Deus também toma parte na separação. Ele expulsou o homem do Éden, mostrando-nos que quando nos afastamos dele, afastamos do lugar da benção e da felicidade (Gn 3:23,24; Is 59:2) A natureza de Deus não lhe permite receber-nos como seus filhos se nos negamos a abandonar o pecado. O pecado impede as pessoas de entrar no céu. O pecado não gera apenas a separação entre o homem e Deus; separa também o homem de seu semelhante. A rejeição da verdade, do amor e da autoridade de Deus deixa o homem vítima de pensamentos errôneos e ações errôneas. 2) Erro- O pecado cega as pessoas para que não vejam a verdade. Faz que elas creiam em toda sorte de erros. Separa-se de Cristo – a luz do mundo – e faz que andem tropeçando na escuridão de suas próprias teorias e falsas filosofia de vida ( Ef. 4:17,18; Mt 15:12-14; Jo 7:17; 8:12; Rm 1:18-32). 3) Infortúnio- O pecado, ao separar o homem do seu Criador, também o priva das bênçãos divinas: paz, alegria, amor, auto realização e verdadeiro contentamento na vida. Os sofrimentos que o mundo experimenta apareceram como consequência do pecado. A rejeição do bem que Deus planejou para nós conduz à perversidade, com suas desastrosas consequências. Por sua vez, o diabo procura arrastar-nos para a perdição. 4) Escravidão- o pecado escraviza, destruindo o poder que sua vítima possuía de resistir à tentação. 5) Juízo- o pecado leva o homem a juízo diante de Deus e o faz réu de morte. A pena que o o pecado merece é a morte. Todo pecador vive sob sentença de morte, condenado a estar separado eternamente de Deus, e esperando o dia de sua execução. 6) Morte- O pecado leva seus prisioneiros a uma morte que ultrapassa aos limites de nossa imaginação: sofrimento eterno, pesar e remorso intermináveis, sem esperança de livramento, separado eternamente de Deus e de todo o bem, encerrados para sempre com a horrenda presença de Satanás e seus demônios (Mt 25:41, Rm 6:23; Ap 20:11-15; 21:8).

NOSSA MENSAGEM DE SALVAÇÃO
1-    O AMOR DE DEUS PAI- Graças a Deus, nossa mensagem não termina com a pregação sobre o pecado e seus efeitos! O paciente necessita de mais que um simples diagóstico de sua enfermidade. Também deve receber o tratamento para sua cura. Por isso, Deus nos envia ao mundo para falarmos de seu amor aos pecadores, de seu desejo de salvá-los, e do que ele preparou para a salvação. Esta é a tarefa da igreja, levar o amor de Deus aos perdidos.
DEUS NÃO DESEJA                                              DEUS DESEJA
Que ninguém se perca        Jo 3:16               que todos tenham a vida eterna
Que ninguém pereça        II Pe 3:9                 que todos se arrependam
A morte do ímpio               Ez 33:11                que se arrependa e vida
                                          I Tm 2:3-6              que todos sejam salvos
                                                                         Que todos conheçam a verdade
    Na evangelização é muito importante que tenhamos fé total nos textos que usamos e os sintamos no íntimo de nosso ser. É bom ensaiar a leitura em voz alta. Leia os textos várias vezes para ter segurança.
2-    SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO- Cristo é a resposta! Por que? Porque Cristo é a resposta ao problema do pecado e a todas as suas terríveis consequências. Ele é a solução de todos os problemas da humanidade.
    Deus nos amou a tal ponto que enviou seu Filho para solucionar nossos problemas e satisfazer a todas as nossas necessidades. O evangelho que pregamos não é mera doutrina: é uma Pessoa, o Senhor Jesus Cristo.
AJUDANDO AS PESSOAS A ACEITAR A CRISTO - Se pudermos identificar o que impede uma pessoa de aceitar a Cristo, será mais fácil ajudá-la. Vejamos cinco das barreiras mais comuns que Satanás põe no caminho das pessoas: 1) uma fé mal dirigida; 2) o pecado nos crentes; 3) os falsos valores; 4) os adiamentos; 5) os temores.
1-    Fé mal dirigida- muitas pessoas buscam segurança em coisas alheias a Cristo. Deus, que fala de si mesmo como um refúgio (Dt 33:27), disse a Isaias (28:14-20) que o povo se refugiado na mentira, falso refúgio que não poderia salvá-lo. As coisas em que confiavam eram demasiado pequeno para cobrir uma pessoa. Pv 14:12 fala do caminho que parece direito, mas conduz à morte. Em Mt 7:24-29, Jesus fala da tragédia da fé mal dirigida.
2-    Pecados nos crentes- é possível que alguma pessoa que você procura ganhar para Cristo tenha dificuldade pelas faltas ou pecados que vê em certos membros das igrejas. Por que pedir que Cristo a salve, se os crentes que ele conhece não são melhores do que ela? Devemos reconhecer que os crentes não são perfeitos, e que Deus se encarrega das faltas de cada um. Deus nos ordena deixar o julgamento com Ele (Mt 7:1-3; Rm 2:1-3). Às vezes é importante informar à pessoa que nem todos os que se dizem crentes não o são na verdade. Deus julgará e repudiará todos os falsos cristãos (Mt 7:21). Satanás usa os hipócritas para conseguir que as pessoas se desagradem com a Igreja e se tornem hostis a Cristo e ao Cristianismo.
3-    Falsos Valores-
 VALORES TEMPORAIS                                                        VALORES ETERNOS
Todo o mundo                     Mc 8:36                                              a alma
Glória dos homens              Jo 12:43                                             glória de Deus
Nada de sofrimento             Rm 8:18-23                                       gloriosa liberdade
Riquezas,honra,poder          Hb 11:24-26                                     Cm Cristo, galardão.

4-    Adiamentos
    Parte da estratégia militar de satanás consiste em retardar a ação. Quando uma pessoa deseja ser salva, satanás procura fazer que espere até mais tarde, e depois mais tarde, até que seja demasiado tarde. Aqueles com os quais você venha a falar podem ter problemas como estes: a) Desejam”desfrutar a vida” agora e aceitar a Cristo mais tarde; b) Estão “ocupados demais” para ir à igreja agora, mas pensam em frequentá-la mais tarde; c) Não compreendem que importância pode ter aceitar a Cristo de imediato.
    Podemos tratar os três primeiros problemas da mesma maneira. Vejamos quatro motivos para não retardar mais o arrependimento.
1)    Prevenção- ninguém sabe o dia de amanhã
2)    Vantagens -. Faça-os pensar nas vantagens e desvantagens de esperar até mais tarde para receber a maravilhosa vida que Cristo lhes oferece;
3)    Perigo- Falar-lhes da incerteza da vida e do perigo que correm ao esperar. Tg 4:13.14; II Co 6:2;
4)    Dificuldade cada vez maior. Quanto mais longo for o tempo que a pessoa passe adiando a salvação, tanto mais difícil é que se salve..
Incentivemos as pessoas a atuar de acordo com a verde que já conhecem. A vida é como uma estrada cheia de curvas. Não temos de ver tudo antes de dar os primeiros passos.sabemos para onde a estrada nos conduz, de modo que colocamos nossa mão na mão de Deus e deixemos que Ele nos guie.

5-    Temores- Deus deseja usá-lo para libertar as pessoas influenciadas por temores que as impedem de aceitar a Cristo. Ele é mais poderoso do que qualquer das coisas que elas temem.
1)    Temor de mudar de Religião;
2)    Temor de perseguição;
3)    Temor do fracasso;
4)    Temor de ser rejeitado.
Mostrar o que se deve fazer
1)    Crer em Jesus – Jo 3:16; At 16:31
2)    Arrepender-se do pecado  At 2:38; 3:19
3)    Pedir perdão I Jo 1:9
4)    Aceitar e agradecer Jo 1:12; Rm 10:9,10
5)    Seguir a Jesus Lc 9:2




   

                              

       

segunda-feira, 18 de março de 2013

A paz do Senhor! Segue o trabalho de missiologia para o 1º ano - professor pastor Alexsandro Marcondes.


TRABALHO DE MISSIOLOGIA
Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira

MISSÕES I

1º) Pesquisar e Resumir o Cap. 1, p. 17-26, sobre “A História da salvação e a Missão integral da igreja”, do livro “A Missão da Igreja”, Valdir R. Steuernagel (org.), Missão Editora;
2º) Pesquisar e Resumir o Cap. 3, p. 29-41, sobre “Bases Bíblicas de Missões II - Novo Testamento”, do livro “Manual de Missões - Estratégias e Métodos para vencer os desafios missionários de hoje”, de Oséas Macedo de Paula, CPAD;
3º) Pesquisar e Resumir as páginas 32-559, sobre os nomes de 20 dos principais missionários e grupos cristãos que realizaram missões, citando o local e a data em que atuaram, baseado no livro “...Até aos confins da terra”, de Ruth A. Tucker, Edições Vida Nova.

MISSÕES II

1º) Pesquisar e Resumir o Cap. 8, p. 133-151, sobre “Antropologia de Missões - Noções”, do livro “Manual de Missões - Estratégias e Métodos para vencer os desafios missionários de hoje”, de Oséas Macedo de Paula, CPAD;
2º) Ler a seguinte pregação temática, de autoria do Pr. Alex Marcondes, “Os grandes desafios missionários da Igreja no Século XXI” e expor o que entendeu, resumidamente.


“OS GRANDES DESAFIOS MISSIONÁRIOS DA IGREJA NO SÉCULO XXI”

Introdução: A Igreja de Jesus Cristo sempre enfrentou desafios para realizar a obra missionária. Nos 4 primeiros séculos foram as perseguições dos judeus e do Império Romano; nos séculos seguintes a Igreja se acomodou e passou a dedicar-se a debates teológicos e assim foi até o Séc. XVII, onde o desejo missionário começo a se reacender em algumas igrejas da Europa. No século passado, Séc. XX, os desafios eram: O comunismo (países da “Cortina de ferro”), o liberalismo teológico (linha teológica em que grande parte dos teólogos não acreditavam que a Bíblia é a Palavra revelada, infalível, inspirada e inerrante de Deus), o materialismo desenfreado e o denominacionalismo (surgimento de muitas novas denominações evangélicas, gerando divisões dentro da própria Igreja Cristã). Já no início deste século (XXI) os desafios já não são os mesmos, entretanto as necessidades do mundo ainda continuam enormes. Que desafios são estes que a Igreja está enfrentando e irá enfrentar neste século?
I) NO SÉC. XXI A IGREJA ENFRENTA O DESAFIO DA FALTA DE OBREIROS (Mt 9.36-38):
            O número de missionários cristãos atuando em todos os continentes hoje é de c. 140 mil. Isto equivale a 18 missionários para cada 1 milhão de pessoas não convertidas a Cristo. Sabemos que o número de cristãos no mundo é de 2,1 Bi, sendo que destes, 800 Mi, são protestantes/evangélicos. Você notou que não há nem 2% de missionários entre todos os evangélicos no mundo. Há muitos pastores, mestres, evangelistas, músicos, muitos irmãos atuando em outras áreas da igreja, mas apenas 2% atuando em missões e, mesmo assim, há muitos que fazem parte de equipes de apoio missionário, não de campo. Há somente 1% na janela 10/40, o local onde estão as 52 nações menos evangelizadas do mundo, aonde mais se precisa do Evangelho. Oswald J. Smith costumava dizer: “Por que poucos podem ouvir o evangelho muitas vezes enquanto muitos não podem ouvi-lo nem uma única vez?”. A Igreja precisa falar mais sobre missões, motivar candidatos e orar a Deus para que levante mais obreiros para missões.
II) NO SÉCULO XXI A IGREJA ENFRENTA O DESAFIO DO AVANÇO DAS RELIGIÕES, SEITAS E ATEÍSMO:
            Nunca houve no mundo tantas religiões e tantas seitas heréticas. O número de pessoas que se declaram ateístas, que não creem em Deus, também, têm crescido assustadoramente. Mulçumanos, Hindus e Budistas somam 2,0 Bi de pessoas, isto é, 1/3 da população mundial. Já existem no mundo mais de 10 mil seitas. Duas das que mais crescem são as Testemunhas de Jeová (12 milhões de adeptos em 224 países) e Mórmons (8 milhões de adeptos em 256 países. Eles sozinho têm 44 mil missionários). Todas estas religiões, seitas e ateísmo combatem e atrapalham a proclamação do Evangelho de Cristo. A Igreja precisa sair de dentro dos templos e alcançar todas as áreas da sociedade.
III) NO SÉCULO XXI A IGREJA ENFRENTA O DESAFIO DA GRANDE EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA:
            Nos dias dos apóstolos a população do mundo girava em torno de 70 Mi de pessoas, em 1500, c. 500 Mi, já hoje em dia o mundo tem 6,3 Bi. Houve uma explosão de crescimento nunca vista antes. Isto significa dizer que, no ritmo em que a Igreja está pregando onde ocorrem c. de 5.000 conversões a Cristo por dia, seria necessário 70 anos para se alcançar o mundo todo e, mesmo assim, de agora em diante, não poderia nascer mais ninguém. É um desafio extraordinário. A cada dia nascem no mundo 368 mil crianças; 1 em cada 4 são da China. Existem hoje 4.100 cidades com mais de 100 mil habitantes e 410 cidades com mais de 1 milhão de pessoas. O que fazer então? Devemos acelerar o ritmo de evangelização e utilizarmos todos os meios possíveis para alcançarmos multidões, massas de pessoas ao mesmo tempo.
IV) NO SÉCULO XXI A IGREJA ENFRENTA O DESAFIO DOS POVOS NÃO ALCANÇADOS:
            O mundo é formado hoje por 252 nações e territórios, mas estes países são, por sua vez, formados por povos (grupos menores que identificam por sua própria cultura, língua, costumes, tradições, religião, leis, etc.). Hoje há no planeta 11 mil povos. A maioria deles não tem uma única igreja sequer, nem missionários, nem o N.T. traduzido para a sua língua/dialeto. O que fazer então? Enviar missionários. Há povos que estão esperando. Há países em que a situação é desesperadora: Índia (55 mil cidades e vilas sem uma única igreja), França (35 mil cidades e vilas sem uma única igreja evangélica), Brasil (mais de 150 cidades sem um único crente evangélico).
Conclusão: Grandes são os desafios da Igreja neste século, mas ele pode ser vencido se nós fizermos a nossa parte, a tarefa que nos cabe: Orando, sustentando, enviando e indo. Há aqui hoje algum voluntário para a obra missionária? Há alguém aqui hoje que tem ouvido o chamado de Deus e quer dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim?”. Enquanto louvamos a Deus com um cântico, os voluntários poderão vir à frente e nós estaremos orando ao Senhor. Amém.



3º) Ler o seguinte estudo a fim de identificar e compreender as diferenças entre Israel e a Igreja:

Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

Estudo 01 - "A Natureza da Igreja – sua origem"  (Atos 2:37-47)
Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. (At 2:44)
Elaborado por Pr. Claus Hinden


Neste Trimestre, último de 2001, estudaremos “A Natureza e Missão da Igreja”. Este assunto é de extrema importância pois o NT todo se ocupa, à parte das questões individuais e da salvação, da Igreja – projeto de Deus para implantar o Reino de Deus aqui na terra.
Hoje nos ocuparemos do estudo da origem da igreja. O texto em Atos 2 evidentemente nos coloca no momento do surgimento histórico da igreja – as primeiras conversões, os primeiros cultos e a vida inicial desta comunidade de salvos em Cristo. O dia em que a igreja teve início de sua atividade foi no Pentecostes, quando os discípulos foram cheios do Espírito de Deus e iniciaram a pregação do evangelho e testemunharam da salvação e ressurreição de Cristo.
Mas antes de se ter iniciada a vida da igreja como tal, Deus em Cristo havia dado os elementos iniciais de Seu santo projeto, algo que mais tarde foi dado a Paulo na forma de revelação de mistério – a administração desta igreja (Ef 3:3,4,9). Que mistério era este ao qual Paulo se refere? Esta questão deve ser analisada a partir do termo grego “igreja” (que é eclesia) – que significa “chamados para fora” – que é o grande mistério do Seu santo reino. Este conceito tem a ver com a santificação dos filhos de Deus – tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
A idéia do “chamar para fora tem início com Abraão, quando este foi “chamado para fora da terra de seus pais” (que era Ur dos caldeus) em Gn 12:1-3, a fim de ser levado para a terra que Deus daria aos seus descendentes. Abraão fora chamado para fora de um contexto de vida que não era de acordo com os padrões de Deus para ir a uma terra e iniciar uma linhagem da qual seria levantada uma nação que deveria viver segundo os padrões de Deus.
Mais adiante temos outro evento desta natureza, desta vez sob a instrumentalidade de Moisés. Este momento se dá quando Deus chama o seu povo “para fora” da terra do Egito (At 7:38 – onde o termo eclesia é traduzido por congregação), que também não vivia segundo os padrões de Deus, com vistas a estabelecer finalmente o prometido a Abraão.
Por vezes os termos grego (eclésia) e hebraico (qahal) são traduzidos por assembléia ou congregação, com o sentido de ser um grupo de homens privilegiados por sua posição e função na sociedade, e que são convocados para se reunirem fora de suas casas em lugar apropriado. Mas também aqui o conceito fundamental de serem pessoas especiais “chamadas para fora” de seu contexto está por base.
Uma análise teológica mostra que Deus chama seu povo, que é especial, para fora de um contexto que é adverso à Sua santidade, para ser um povo santo, e que para isto precisa estar separado do mundo, o contexto contrário à vontade de Deus (Lv 11:44-45).
Sendo então eclesia (igreja) um povo chamado para fora de um contexto contrário à vontade de Deus, para ser um povo segundo a vontade de Deus, isto é, santo com a tarefa de se santificar, precisamos entender qual é a função do templo (construção imóvel) que quase sempre e erradamente é chamado de igreja. No antigo Testamento o templo era o lugar da presença de Deus. Por Deus ser santo dos santos e estar presente pessoalmente no templo, Ele instituiu um cerimonial para viabilizar a aproximação do homem diante dele; é aqui que entra a função sacerdotal descrita em Levítico.
Assim, temos no Antigo Testamento a eclesia representada na existência do povo de Israel, no centro do qual estava a habitação de Deus, que etária assim governando o Seu povo. No Novo Testamento há uma translocação deste templo da sua existência externa para uma misteriosa existência interna – que é o próprio ser humano, simbolizado na palavra “coração”, que é chamado de “templo não feito por mãos humanas” (At 17:24). Temos assim a mudança da presença de Deus no meio do Seu povo por intermédio de um templo físico, no AT, para uma presença de Deus com Seu povo habitando cada indivíduo salvo por Cristo. Foi a presença de Deus em um Templo no meio do Seu povo ‘chamado para fora’ (igreja) do contexto contrário à Sua santa vontade, para a presença de Deus com Seu povo ‘chamado para fora’ (igreja) por meio da Sua presença imediata em cada templo feito pelas mãos de Deus (pessoas salvas).
Desta maneira temos a ampliação do projeto ‘povo de Deus’, ao qual são concedidos duas cerimônias litúrgicas memoriais: batismo e ceia, com o intuito de fazer lembrar esta realidade – o de ser povo convocado para ser e viver uma vida separada dos padrões deste mundo (santos). Este povo é igreja,isto é: chamados para fora do contexto contrário à vontade de Deus, para viver neste contexto a vontade de Deus. Foi por isto que Paulo nos chama de “forasteiros”, ou seja, pessoas de passagem por aqui, mas que não pertencem aqui. Isto também é expresso na oração sacerdotal de Cristo (João 17:14-17).
Desta maneira entendemos que ‘igreja’ é a congregação de santos que é convocada pelo Pai para viver neste mundo uma realidade que não é deste mundo – isto é o que quer dizer a presença do Reino de Deus aqui. Isto é realizado através de nós. A construção imobiliária que denominamos de igreja, na realidade é uma forma de santuário, mais apropriadamente chamado de Casa de Oração, no qual acontece o culto coletivo, o culto do Corpo de Cristo, que é uma extensão do culto verdadeiro que deveria estar acontecendo dentro de nós a cada momento que passa.
Uma realidade ainda mais profunda é a descrita por Paulo em Efésios 4: corpo de Cristo. A igreja (eclesia) é na realidade um CORPO que é vivo e é o de Cristo. Isto é um mistério que só pode ser compreendido por aqueles que verdadeiramente são templos do Santo dos santos. Assim, igreja como corpo vivo de Cristo deve crescer, desenvolver-se a amadurecer, o que é o processo da santificação. De maneira que os que estão sendo santificados estão cada vez mais distantes, isto é diferenciados, do mundo e dos seus padrões e modo de vida.
Com isto podemos ver que a origem espiritual da igreja está no plano de Deus de criar um povo que seria o Seu povo santo, que também seria o corpo místico de Cristo. Esta igreja teve o seu início existencial histórico com o evento de pentecostes. Os componentes desta igreja universal e local, chamados membros, têm o dever de crescer espiritualmente, amadurecer na fé e na esperança, e viver de forma tal que o mundo possa ver o que é este Reino de Deus, através de nossa conduta, postura, atos e união.
Desta forma vemos que igreja verdadeira não tem endereço nem construção imóvel, mas são pessoas que juntas vivem uma realidade que não tem par neste mundo, seguindo os padrões de santidade divinos, sendo assim um Corpo, o Corpo místico de Cristo, do qual Ele é a cabeça.
Vivamos pois vidas santas e santificadas, em união e paz na presença do Espírito de Deus, na convicção segura e permanente de termos garantidos a vida eterna por aquele que morreu por nós e agora vivem em nós pela presença do Espírito de Deus em cada um. Tenhamos pois um culto permanente e vivo em nós para a honra e glória daquele que nos justificou – Jesus Cristo.





sábado, 16 de março de 2013

Apostila e trabalho Missionária Regina.

CEFORTE- Centro de Formação Teológica- Polo Macaé
Matéria: Evangelismo – On-Line
Profª Regina da Penha Andrade Veloso- Cel. (22) 98957948

Queridos alunos, estarei neste ano trabalhando com vocês sobre Evangelismo, embora seja uma matéria on-line, espero que vocês aprendam bem e que se empenhem em aplicá-la no dia a dia do ministério que cada um se propôs a realizar nesta tão vasta e gloriosa obra. Estarei sempre à disposição para ajudá-los no que for preciso.


                          EVANGELISMO
   A palavra evangelização provém do grego evaggelizo, que significa: “Anuncio boas novas”. Portqanto Evangelizar é levar  o evangelho às pessoas. Evangelho significa “boas noticias”. Evangelizamos quando levamos às pessoas as boas notícias de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, as salvará de seus pecados e lhes dará vida eterna. O que é pois evangelização?

                             Evangelização
Ação......................................Apresentar a Cristo
Poder...................................O Espírito Santo
Propósito..............................Que os homens possam confiar em Cristo como
                                             Salvador
Resultados...........................Servir a Cristo como Senhor na fraternidade de sua
                                             Igreja.
Evangelização é a apresentação de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, de tal maneira que os homens possam confiar nEle como Salvador e servi-Lo como Senhor na fraternidade de Sua igreja.

II- AUTORIZAÇÃO PARA EVANGELIZAR
  O grande Deus do Universo, o único verdadeiro, que fez o mundo e tudo quanto nele há, ordenou-nos a levar Sua Palavra a todas as pessoas da terra. Jesus Crist, o Filho de Deus, confiou esta tarefa à igreja. Denomimo-la a Grande Comissão. É na Palavra de Deus que temos nossas ordens e autorização. Jesus  transmitiu suas ordens aos seus seguidores em ocasiões, e por isso temos a Grande Comissão em Atos 1:8; Mt 28:18-20 e Mc 16:15,16, cada vez com uma ênfase diferente quanto aos métodos que devemos usar.
   A igreja primitiva foi perseguida quando pregou o evangelho e falou ao povo a respeito de Cristo. Os discípulos foram proibidos de tonar a falar acerca de Jesus, mas eles reconheciam que a Palavra de Deus era de muito maior autoridade que as ordens dos homens.
METODOS BÁSICOS DE EVANGELIZAÇÃO
   A base de todo o trabalho de evangelização da igreja primitiva era o poder do Espírito Santo que vivia neles e por intermédio deles operava. A oração mantinha abertas as vias de comunicação. Deus lhes dava a mensagem para todas as ocasiões e a intrepidez para apresentá-la. Podemos dizer que o método fundamental de evangelização é permitir que Deus opere por nosso intermédio.
    Pregação, ensino e testemunho são os três métodos básicos de evangelização. Na pregação, proclamamos o evangelho, no ensino, explicamos as verdades do evangelho e ajudamos as pessoas a aplicá-las em sua vida, no testemunho, dizemo-lhes o que Cristo fez por nós.
A OBRA DE DEUS NA EVANGELIZAÇÃO
    A evangelização começa com Deus. O plano é dele. Ele nos deu em Sua Palavra os modelos a que devemos seguir, e com Seu Espírito Santo nos dá o poder para realizarmos esta obra.
    O plano de Deus para a evangelização é uma parte de seu grande plano de redenção. Antes de criar o mundo ou de formar o homem para ser objeto de seu amor, Deus viu o problema que o pecado acarretaria. Separaria dEle a raça humana e a impossibilitaria de desfrutar a vida feliz e eterna para qual havia sido criado. O pecado teria ser castigado com a morte. O único modo de salvar o pecador seria uma pessoa inocente tomando seu lugar. Dessed modo, Deus planejou que Ele mesmo sofreria o castifo que nossos pecados mereciam. Deus Filho, a segunda pessoa da Trindade, assumiria a forma humana e morreria em nosso lugar. Ressurgiria e daria vida eterna a todos quantos o aceitassem como Senhor e Salvador. E Espírito Santo viria habitar neles e lhes daria uma nova natureza. Quebraria o poder do pecado e os faria filhos de Deus. Este é o plano divino da redenção.
    Deus então viu a necessidade de mensageiros para levar as boas novas da redenção ao mundo todo. Que melhores mensageiros poderia haver do qeu aqueles que experimentaram sua salvação? Eles seriam suas testemunhas. Sua vida seria a prova da autenticidade da salvação, o Salvador os acompanharia, o Espírito Santo operaria por meio deles. Formariam a Igreja do Senhor Jesus Cristo.O plano de Deus para a evangelização é operar através de toda a Igreja para levar todo o evangelho ao mundo inteiro.

O PODER DO AMOR
    O êxito ou o fracasso de qualquer pessoa depende, em grande parte, de suas atitudes e motivações. Isto se aplica também com relação a evangelização. Nossas atitudes podem atrair as pessoas para Deus ou afastá-las dele. O amor atrai. Foi o amor de Jesus que atraiu as multidões para ele. Também foi a revelação do amor de Deus que nos atraiu. O amor sincero é mais poderoso para ganhar almas para Cristo do que nossa melhor capacidade de pregar, ensinar ou testemunhar. O amor tem uma eloquência que lhe é peculiar.
    Nossa atitudes revelam esse amor tão essencial a uma evangelização eficaz. É o amor a Deus e ao próximo. Quanto mais profundo nosso amor a Deus e ao próximo, maior dinamismo revelaremos em nossos métodos. O amor a Deus é a chave que atrairá as pessoas a Cristo. Esse amor ajudnos, também, a ver-nos da perspectiva correta e a encontrar o lugar que nos cabe no plano de Deus.
O ESPÍRITO SANTO E A PALAVRA
    O Espírito Santo opera por meio da Palavra. Deus elegeu-nos para levar Sua Palavra a outros porque deseja revelar-se a eles através dela. Pensemos em cada cristão como uma lâmpada que se acende para ser usada na evangelização. O Espírito Santo fala ao homem por meio da palavra. Foi Ele quem inspirou os autores humanos para que escrevesse sua mensagem, para eles próprios e para nós, na Bíblia Sagrada. Nossa principal responsabilidade na evangelização é levar a mensagem de Deus aos homens e ajudá-los a ouvir e obedecer à sua voz. O Espírito Santo opera mediante a Palavra pra transformar vidas e converter os pecadores em santos.
Ferramenta da evangelização- para termos uma evangelização dinâmica devemos crer na Palavra de Deus, experimentar seu poder e transmitir sua mensagem. O melhor vendedor é o que está totalmente convencido do valor do produto que vende. A dúvida a respeito da inspiração e aplicabilidade da Bíblia  minam a autoridade espiritual para a pregação
O ESPIRITO SANTO OPERA POR NOSSO INTERMÉDIO
   O Espírito Santo não pera somente por meio da Palavra, mas também por nosso intermédio. Ele nos usa pra proclamarmos o poder Salvador de Jesus ao mundo.
O PODER DA ORAÇÃO
    Ninguém compreende o mistério da oração, mas todos podemos dar graças a Deus por seus efeitos! Por que o Deus Todo-Poderoso deseja que participemos de sua obra? Ele deseja que nós seus filhos, participemos de seus interesses e falemos com Ele o melhor métido de executar a tarefa que nos confiou?
    À medida que oramos e louvamos a Deus, o Espírito Santo nos dá o amor e a compaixão essenciais à evangelização dinâmica e eficaz. Louvemos a Deus Deus pelas almas que queremos ganhar e pelo que Ele vai realizar na vida deles. Merlin Carothers conta-nos de várias mulheres que haviam orado durante anos pela conversão dos esposos. Quando começaram a louvar a Deus por eles, de repente descobriram que seu aumentava. Caíam as barreiras. Logo aquele esposo aceitava a Cristo. Deus opera em nós, opera nos outros e opera nas circunstâncias quando oramos por eles. (Jó 42:10).
    Enquanto oramos, Deus nos ajuda a ver as necessidades dos que nos rodeia; guia-nos àqueles a quem devemos dar testemunho; porporciona-nos a coragem de que necessitamos, e nos dirige quanto ao que devemos falar. O Espírito Santo guia-nos e opera através de nós para a Salvação de  almas, e resposta à oração de outros crentes também.

NOSSA MENSAGEM SOBRE O PECADO Rm 6:23
   Precisamos dizer às pessoas o que é o pecado
1-    Enfermidade da alma
2-    Rejeição a Deus
3-    Errar o alvo
 Precisamos mostrar às pessoas sua necessidade
1-    Sua culpa
2-    O perigo

             Enfermidade da alma-= Deus compara o pecado à lepra. As  chagas infeccionadas dos aotos pecaminosos são apenas sintomas da enfermidade interior da alma. Não basta curar os sintomas de uma enfermidade. o Grande médico nos apresenta um diagnóstico que exige uma cura radical de nossa natureza pecaminosa. Mc 7:20-23. Muitos daqueles a quem o Senhor lhe enviará não compreendem que são pecadores, porque a enfermidade da alma não se manifestou em ações pecaminosas semelhantes às que ele vê em outras pessoas. É importante que saibam o que Deus diz a respeito do pecado. Eles necessitam da salvação tanto quanto o pecador mais perverso que conheça.Deus descreve o pecado como  uma enfermidade que afeta a cabeça (pensamentos errôneos), o coração (emoções erradas) e os pés (ações erradas. O PECADO COMEÇA EM NOSSOS PENSAMENTOS E SE ESTENDE AOS NOSSOS SENTIMENTOS E AÇÕES Is 1:5,6.
Rejeição a Deus- Deus nos fez com uma natureza semelhante à Sua para que possamos ser seus filhos (Gn 1:26,27). Ele nos deu mente, emoções,vontade. Paulo fala do corpo como de um edifício dentro do qual vivemos. Em seu interior se acham os princípios ativos da personalidade: mente, vontade e emoções. O Criador tem o direito de governar sobre sua criação. Considerando que Ele é a fonte de nossa vida, e que satisfaz a todas as nossas necessidades, cabe-lhe por direito o primeiro lugar em nossas vidas. Sendo Ele o centro, podemos desfrutar de todas as coisas maravilhosas que Ele nos preparou. Mas o que acontece, muitos resolvem governar a si mesmos em vez de deixar Deus no governo. Esta rejeição, é rebelião contra ele, é o pecado fundamental do qual procedem todos os demais pecados. O eu pecaminosos arrebata o trono de Deus e levanta barreiras contra ele em cada aspecto de nossa personalidade: 1) a incredulidade com relação a vontade de Deus; 2) a indiferença para com o amor de Deus,e 3) a rebeldia contra sua autoridade. Pecar é rechaçar a Deus. É guardar para nós mesmos o lugar que pertence a Deus em nossa mente, emoções ou vontade.



Queridos alunos, estou enviando para vocês parte da apostila que está sendo elaborada, na semana que vem envio o restante, mas podem começar o trabalho que deverá ser entregue no  06/04.

TRABALHO- O PROPÓSITO DE DEUS NA EVANGELIZAÇÃO
                          - Fale sobre os métodos básicos de evangelização
                          - o poder do amor na obra evangelizadora;
                           - O Espírito Santo e a Palavra;
                            - Como dizer pra alguém que ele é pecador, mostrando o perigo de se manter nessa posição ( Separação, Erro, infortúnio, escravidão, o juízo e a morte)
                          - Como levar a mensagem de Salvação;
                          - Como ajudar as pessoas a aceitarem a Cristo;
                          - como ter uma comunicação eficaz.
Fonte de pesquisa: Livro Plano Mestre de Evangelismo- Robert E. Coleman
                                  Testemunhando sem medo –Bill Bright
      
   
   

                             

A paz do Senhor! Segue a apostila e trabalho do pastor Alexandre.

APOSTILA DE NOVO TESTAMENTO V

O APOCALIPSE

CEFORTE: CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA

PROF. PR. ALEXANDRE LESSA DA SILVA

LIVRO BASE: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO NOVO TESTAMENTO.

AUTOR: BROADUS DAVID HALE

EDITORA: HAGNOS




O APOCALIPSE

AUTOR: JOÃO, O APOSTOLO. (1: 1, 4, 9 e 22: 8).
DATA: 90-95 dC.

LOCAL DA ESCRITA: ILHA DE PATMOS. (1: 9).
Patmos é uma pequena ilha que fica no mar Icário, entre Icária e Leros, cerca de quarenta e cinco quilômetros a sudoeste, pelo oeste de Mileto. Ela estava na rota marítima de Éfeso a Roma. A ilha forma um crescente com suas pontas em direção ao leste. O local tradicional para o Apocalipse é na ponta do sul. As montanhas e o mar, nessa área, são refletidos, até certo ponto, por todo o Apocalipse. A indústria principal da ilha era a mineração do sal. Era uma colônia penal para os prisioneiros políticos de Roma.

DESTINATÁRIOS:
O autor endereçou sua obra às "sete igrejas que estão na Ásia" (1:4). Estas ainda são identificadas como sendo de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (1:11; 2:1-3:22).

PROPÓSITO:
Foi na província romana da Ásia Menor que o culto imperial foi o mais desenvolvido. Havia um grupo de oficiais romanos chamados concilia, cujo propósito era promover a adoração do imperador. Viajando de cidade em cidade, eles ouviriam acusações feitas contra aqueles que se recusavam a dizer que "César é Senhor". Estes seriam levados perante os concilia e teriam oportunidade de fazer a declaração em público. Se não o quisessem, seriam condenados como ateus, traidores do imperador e do Império, e suas propriedades poderiam ser confiscadas e o castigo apropriado atribuído. As condições na última parte do reinado de Domiciano haviam alcançado um ponto onde João havia sido banido para uma colônia penal na ilha de Patmos. Talvez João tivesse recebido informação de que os concilia estavam planejando forçar mais rigorosa­mente o culto e perseguir até a morte aqueles que não quisessem dizer que "César é Senhor". Em meio à ameaçadora tempestade de severa perse­guição, João escreveu a mensagem que recebeu; uma mensagem de perseverança e de vitória final. A mensagem foi dada para sustentar os crentes e dar-lhes coragem para permanecerem fiéis até a morte.

TEMA: O Conflito moral e espiritual das épocas.

INTRODUÇÃO:
O Apocalipse é o mais inspirador, não obstante ser o mais confundido de todos os escritos do Novo Testamento. Para muitos leitores, sua compreensão é tão difícil que eles o negligenciam completamente. Esta negligência é lamentável, porque, fora os Evangelhos e Atos, nenhum outro livro constitui tamanha fonte de fé e força para os crentes na luta contra o mal. O Apocalipse torna o céu tão real ao leitor que, na força de uma convicção bendita, ele recebe a coragem para continuar a batalha contra o mundo e todos os seus males.
Nenhum outro livro, no Novo Testamento, apresenta tantos problemas como faz este último livro de nossa Bíblia. Para muitos, ele não é um "desvendamento", mas permanece sendo algo "oculto". É bem evidente que este livro pertence a uma categoria literária diferente da dos "históricos" (os Evangelhos e Atos) ou "epistolares" (as Epístolas). A complexidade de seu tipo literário é evidente. Ele começa (1:4-6) e termina (22:21) como uma carta; contudo, contém cartas dentro do corpo (2:1-3:22). Ele é profético; contudo, é altamente simbólico. Os estudiosos do Novo Testamento colocam este livro numa classe de literatura cujo nome é derivado da primeira palavra do texto grego deste livro: apocalíptica. Talvez nenhum outro livro do Novo Testamento, por sua interpreta­ção, seja tão dependente de seu fundo histórico.

A NATUREZA DA LITERATURA APOCALÍPTICA
DEFINIÇÃO
Uma classe inteira de literatura deve seu nome à primeira palavra do texto grego do último livro de nossa Bíblia. A palavra é (apokálupsis). Este substantivo provém do verbo (apo-kalúptein), que significa "desvendar", daí "revelar". O adjetivo "apo­calíptico" é usado para qualificar escritos que têm certas afinidades com o Apocalipse do Novo Testamento. Foram feitas associações entre o Apoca­lipse e outras porções e livros da Bíblia, tais como Daniel e Ezequiel e estes são ditos conterem material apocalíptico em sua natureza. Depois foram feitas associações com escritos não-canônicos, tais como os Segredos de Enoque, e estes são também chamados "escritos apocalípti­cos". Desta forma, como o termo foi considerado como descritivo de muitos escritos que não poderiam ser classificados de outra maneira, o gênero literário recebeu seu nome. Basicamente, "apocalíptica" é a literatura não diferente do Apocalipse.
CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA APOCALÍPTICA
A definição acima, de apocalíptico, precisa ser desmembrada em uma definição mais conveniente, para caracterizar este tipo de literatura. Embora nem todos os estudiosos concordem quanto às características elementares básicas, as seguintes são pelo menos mais evidentes:
Escatológica — Toda literatura apocalíptica é escatológica, mas as duas coisas não são idênticas. São feitas, acertadamente, distinções entre as duas. A escatologia pode existir e frequentemente existe nos escritos básicos, separada das seções apocalípticas. A própria natureza contingen­te do pensamento escatológico faz com que a escatologia se preste à expressão apocalíptica (mitológica). Por outro lado, o apocalíptico é sempre escatológico, seja explícita ou implicitamente. A escatologia olha para um tempo futuro, quando Deus irromperá catastroficamente no mundo do tempo e do espaço, para julgar sua criação. Há uma distinção a ser feita entre profecia escatológica e o apocalíptico.
Apocalipse: Tipo de forma literária encontrada no judaísmo entre os 200 aC e 200 dC. Nos livros apocalípticos trata-se da historia daquele tempo e do futuro, utilizando-se de símbolos e visões. Assim os perseguidores não entendiam a mensagem, e os leitores não corriam perigo de serem presos. Alguns desses livros eram pseudoepígrafos ( Enoque, Assunção de Moises, IV Esdras e muitos outros). O livro de Daniel 7:12 e o Apocalipse são apocalipses bíblicos.
Escatologia: Doutrina a respeito das ultimas coisas ( segunda vinda de Cristo, ressurreição, juízo final, céu e inferno).
Significação Histórica: O apocalíptico mantém a tensão entre a história e o éschaton. O apocaliptista escreve dentro de uma estrutura histórica para assegurar o leitor acerca da intervenção divina. Isto é caracteristicamente feito retraçando-se a história na forma de profecia, para falar às condições da época da escrita. Os elementos da situação histórica real são representados pelas imagens do livro.
SIMBOLISMO:
Provavelmente, a característica principal da litera­tura apocalíptica é o uso de símbolos para apresentar a mensagem esca­tológica. Através de séculos de desenvolvimento, um estoque comum de símbolos e figuras de discurso remarcáveis emergiram. Como pode alguém colocar em termos inteligíveis uma experiência espiritual? A in­terpretação de ideias, princípios e realidades espirituais é tornada fácil para aquele que sabe usar os símbolos. Para os não iniciados, a mensa­gem permanece sendo um mistério. Desta forma, o escritor faz uso de símbolos para "revelar" a mensagem àqueles que estão familiarizados com o processo, e a mensagem é ocultada àqueles que não estão. Na linguagem do apocaliptista, os símbolos são muito significativos, pretendidos a ser um instrumento de uma carreira definida e importante de pensamento. Estes livros não foram escritos para amedrontar ou confundir o leitor; eles foram escritos para ajudá-lo a entender a obra de Deus em levar esta era a um fim. Entre as numerosas figuras simbólicas, aparece o uso de números. Desde os tempos mais remotos, os homens associaram ideias com números, e vagarosamente desenvolveu-se a ciência de numerologia, denominada gematria. Os números eram usados para expressar conceitos, ideias e princípios. Os seguintes são de importância para nós, porque ocorrem no Apocalipse ou são básicos para a compreensão daqueles que ocorrem.
O número "1" veio a ser associado com o princípio de unidade ou de existência independente. Ele forma a raiz para a palavra "unidade". Desta forma, Israel foi exortado a dizer: "O Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Dt. 6:4).
O número "2" é a duplicação de "1" e representa força. No Velho Testamento, duas testemunhas eram necessárias para confirmar qualquer fato. Jesus enviava seus discípulos de "dois em dois", por razões óbvias. O número aparece no Apocalipse em referência às "duas testemunhas" (11:3-12) e as duas "bestas" (13:1-18).
Sugestivo do círculo familiar completo é o número "3". A família representava a unidade social ideal sobre a terra: amor de pai, amor de mãe e amor filial. Isto assumiu o conceito do amor divino e finalmente de Deus mesmo, e isto se transportou à ideia da Trindade. Portanto, em gematria o número "3" simboliza o divino.
O universo físico era simbolizado pelo número "4". Havia quatro ventos, quatro direções, quatro cantos ou lados do mundo. "4" era o número cósmico. No Apocalipse, há as "quatro criaturas viventes, os "quatro cavalos e cavaleiros", e "quatro anjos junto ao rio Eufrates".
Os homens viviam, trabalhavam e morriam num mundo simbolizado pelo número "4".
"5" é o número do próprio homem. Em cada mão estão cinco dedos, e em cada pé, cinco dedos. Quando o número é dobrado para "10", este simboliza a inteireza humana. Um homem perfeito tinha dez dedos nas mãos e dez dedos nos pés; daí, sendo um homem perfeito. Dez manda­mentos foram dados como o dever total do homem para que ele fosse perfeito em sua sociedade. O Apocalipse fala de "dez chifres" (poder humano completo) e "dez dias" (tempo humano completo). Os múltiplos de dez também foram usados para mostrar inteireza: 10x10x10 = 1.000 (inteireza última); 12 x 12 x 10 x 10 x 10 = 144.000 (o número completo do povo de Deus sobre a terra).
Para os povos antigos, "6" era o número do mal, porque estava aquém de "7", o número sagrado da perfeição. Uma das palavras hebraicas básicas para "pecar" significa "errar o alvo". Isto é o que o número "6" significa. Ele simboliza o mal, porque, como o pecado, erra o alvo da perfeição. O próprio número, em sua pronúncia, tem o chiado da serpente.
Na gematria que se desenvolvia, o número divino "3" e o número cósmico "4" eram unidos para dar "7", o número sagrado da perfeição. Isto era a terra coroada com o céu; o universo físico e o espiritual unidos. O número "7" é muito usado no Apocalipse: sete espíritos, sete igrejas, sete candelabros, sete estrelas, sete selos, etc. "7" multiplicado pelo número completo "10" produz "70". Jesus enviou setenta homens preparados para uma obra especial. As Escrituras hebraicas foram traduzidas para o grego e denominadas a Septuaginta (70).
Outro número usado no apocalíptico é o "12". Isto é, 3 x 4, e tornou-se o símbolo para o povo de Deus: a religião organizada. Será lembrado que havia doze tribos em Israel, e Jesus escolheu doze apóstolos. O número duplicado é "24" e no Apocalipse há "24" anciãos ao redor do trono, representando o povo de Deus dos dias do Velho Testamento e os do movimento cristão. 12 x 12 x 10 x 10 = 144.000, o número completo, simbolizando a segurança perfeita do povo de Deus sobre a terra.
Um outro número aparece no Apocalipse, um meio-número: "3 1/2". Isto é a metade de "7" e significa um período de tempo curto e indefinido. No Apocalipse, este aparece com "3 1/2 anos", "42 meses" e "1.260 dias". Representa instabilidade, confusão, insatisfação por um período de tempo indefinido.

O APOCALIPSE E A LITERATURA APOCALÍPTICA
Após discutir a natureza desta classe de literatura, deve ser determi­nado se o último livro do Novo Testamento deve ser considerado apoca­líptico. Ao primeiro pensamento, isto pode parecer ilógico, porque o gênero inteiro da literatura deve seu nome à primeira palavra de nosso Apocalipse canônico. Também, na primeira definição dada acima, foi afirmado que esta classe não é "diferente de nosso Apocalipse". No mínimo, a definição é que a forma (mito judaico ou gentio), o conteúdo (escatologia) e a função (propósito) constituem a literatura apocalíptica. Assim sendo, o último livro de nossa Bíblia é apocalíptico por definição.
Numa leitura do Apocalipse, pode-se encontrar várias características desta literatura mencionadas acima. Há um uso extensivo dos símbolos, e as visões e a gematria desempenham uma parte importante como veículos para a mensagem. A escatologia certamente é preponderante no que diz respeito ao conteúdo, e o propósito básico foi o de encorajar o leitor cristão à fidelidade durante um período difícil na história do cristianismo. João fez grande uso da forma (símbolos) e da função (propósito) para apresentar sua mensagem escatológica (conteúdo). O que não é tão evidente, todavia, são as dessemelhanças entre o Apocalipse e todos os outros livros deste gênero. João se libertou de muitas maneiras, do esquema normal do apocalíptico, e estas diferenças são importantes o bastante para separar este livro de todos os outros desta classe, tanto que G.E. Ladd levantou uma pergunta como título para um importante artigo: "Por Que Não Profético-apocalíptico? As seguintes são algumas das principais diferenças entre o Apocalipse e outros escritos deste gênero:
O Apocalipse Não Ê Pseudônimo — Embora nem todos os estudio­sos concordem quanto à identidade do autor, há quase que acordo universal de que "João", quem quer que ele fosse, foi uma pessoa real, que escreveu sob seu próprio nome (1:4,9; 22:8). Ele não escreve no nome de uma figura proeminente do passado. Ele escreve com a convicção de que Deus lhe deu uma mensagem pastoral às igrejas para as quais ele foi feito supervisor. A estrutura epistolar não é a forma apocalíptica tradicional, e é evidente que este livro foi feito para ser lido em voz alta nas igrejas às quais ele é endereçado. João escreveu a cristãos que o conheciam, e ele usou seu próprio nome, ao escrever.
O Apocalipse É Profético — Uma das características do apocalíptico é uma defesa radical das pessoas com que o autor se identifica. Isto não é inteiramente verdadeiro no que diz respeito ao Apocalipse. O autor realmente se identifica com o grupo perseguido, mas não dá somenos importância aos pecados dessas pessoas. Há uma repetida chamada à confissão e ao arrependimento e ao viver moral e ético. Por esta razão, o escritor está mais em linha com os profetas do Velho Testamento do que com os apocaliptistas do judaísmo. Ao passo que os apocalipses judaicos tinham uma visão muito pessimista dessa era, os profetas do Velho Testamento e João interpretam a situação presente como estando sob o controle de Deus, que está continuamente revelando-se, para efetuar a salvação de sua criação. A vantagem que João desfrutou sobre os profetas do Velho Testamento é a Encarnação histórica. A situação da qual João escreve não é como os apocaliptistas proclamam um prelúdio para uma intervenção escatológica, mas deve ser interpretada à luz dos dois adventos do Cordeiro, pelos quais e nos quais todas as forças da impiedade que se opõem à justiça serão destruídas. O autor do Apocalipse chama sua obra uma profecia (1:3; 10:11; 19:10;22:7, 10, 18,19). A his­tória não é retraçada na forma de profecia; antes, João fala de sua própria época, olhando para o futuro, quando a difícil perseguição que a Igreja enfrenta será destruída.
A Interpretação das Visões — Há uma notável diferença no uso de visões pelo escritor de nosso Apocalipse, em comparação com outros apocalípticos. O método usual é o escritor ter um guia celestial para interpretar cada visão e símbolo para o vidente. No Apocalipse isto é raramente feito (uma exceção observável é 17:7-18). Geralmente João apresenta apenas a visão ou símbolos e deixa o leitor fazer a interpretação. Há uma abertura acerca da verdade escatológica, no Apocalipse, que é reanimadora em sua novidade, a qual, no apocalíptico comum, é apenas conhecimento esotérico secretamente preservado desde os tempos antigos. Para o leitor do Apocalipse, a história atual é escatologicamente interpre­tada para encorajar o cristão em sua difícil situação.
Estas são apenas três das diferenças aparentes entre o Apocalipse de nossa Bíblia e outros escritos apocalípticos. Há outras diferenças, que alguns estudiosos proporiam. Alguns diriam que essas diferenças são bastan­tes para classificar o Apocalipse como um livro de profecia e excluí-lo do gênero do apocalíptico. Sem dúvida, o Apocalipse, por definição, pertence a esta classe. Contudo, igualmente importante são as diferenças entre este livro e todos os outros desta classe. Talvez o termo proposto por Ladd, "profético-apocalíptico", seria mais apropriado para o último livro de nossa Bíblia. João usou muito do aparato tradicional do apocalíptico para apresentar uma mensagem profética. Ele foi criativo o bastante para usar algumas das formas de apocalíptico para transmitir uma mensagem dramática de teologia distintiva. Ele era um verdadeiro profeta cristão, usando termos apocalípticos para oferecer a mensagem da "revelação de Jesus Cristo" (1:1).
MÉTODOS DE INTREPETAR O APOCALIPSE
A maneira de se interpretar o Apocalipse depende grandemente do método. Através dos séculos, muitos métodos foram propostos, resultando em várias interpretações diferentes. Nenhum outro livro do Novo Testa­mento foi interpretado de tantas maneiras diferentes. Como resultado, o Apocalipse tem sido um livro que as pessoas confundem, fazendo com que alguns se separem do mundo, para aguardar a consumação, enquanto, outras vezes, pessoas se encorajam a tomar uma posição heroica contra as forças do mal. O problema, na interpretação, não está tanto no trato do material pelo autor como no fato de que, através dos anos, o fundo histórico e o caráter literário foram depreciados e completamente perdidos. Os primeiros leitores aparentemente entenderam o significado, em virtude do conheci­mento que tinham, mas este conhecimento perdeu-se para as gerações subsequentes, e o Apocalipse, desde então, tem sido um mistério. A escola bíblica moderna tem desempenhado uma parte importante no redescobrimento deste fundo histórico e, assim, está tornando este livro mais inteligível à cultura contemporânea. Os títulos de métodos de interpretação que seguem são usados por vários estudiosos para descrever seu próprio método e o de outros. Frequentemente os estudiosos usarão o mesmo método, mas com um nome diferente. Tentamos reunir sob um nome uma teoria que talvez tenha um ou mais outros nomes. A lista não é exaustiva; ela representa a maioria das aproximações feitas ao estudo do Apocalipse.

TEORIAS PRETERISTAS
No sentido estrito do termo, isto significa que todo o Apocalipse se cumpriu no passado, nos dias do Império Romano. A premissa básica daqueles que mantêm esta aproximação é que o Apocalipse é um retrato das condições do Império na última parte do primeiro século. A profecia se há mesmo alguma profecia no livro, foi cumprida há muito tempo atrás. Este método tenta entender e interpretar o apuro da igreja do primeiro século durante sua crise. A primeira apresentação sistemática desta posição foi uma polêmica, por um monge jesuíta do século dezessete, Alcazar, contra os reformadores, que haviam usado o Apoca­lipse para identificar o Papa com o anticristo. Alcazar escreveu para provar que o Apocalipse não tinha nenhuma aplicação àquela época nem no futuro, pois tudo havia sido completado. Alguns que se atem a esta posição concebem um juízo final e um estado aperfeiçoado a ocorrerem no fim.
TEORIAS FUTURISTAS
Este método interpreta o Apocalipse como sendo somente para o tempo imediatamente anterior e seguinte ao segundo advento. Esta teoria iniciou-se com Ribeira (1585), como uma polêmica contra os ataques dos protestantes pela Roma papal (a Reforma Protestante era a 'besta'!). Este método é o completo oposto das teorias preteristas. Inteiramente escatológico, o Apocalipse pretende ser um livro de profecias não cumpridas (especialmente após 4:1), e tanto quanto possível deve ser interpretado literalmente. Também mostra que existem duas variações principais neste grupo. Uma é denominada "Dispensacionalismo", e a outra simplesmente nega esta. A teoria dispensacionalista originou-se com John N. Darby, o fundador dos "Plymouth Brethren", e foi sistematizada e popularizada pela Schofleld Bible. Estes escritores mantêm que Jesus veio à primeira vez para estabelecer o Reino, mas, mediante sua rejeição por seu próprio povo (os judeus), a Igreja foi estabelecida como um parêntese na história, até o tempo em que ele finalmente estabeleça o Reino sobre a terra. O tempo presente é denominado a "era da Igreja" ou a "dispensação do Espírito Santo". A história do mundo pode ser dividida em seis dispensações, cada uma sendo denominada para a maneira pela qual uma pessoa poderá, nesse tempo, ser salva. A "era da Igreja" é a quarta dispensação, e o reino milenar será a quinta, seguida pela renovação da terra, como a sexta, que então abrirá o caminho para a sétima: a eternidade. A Igreja é um ajuste temporário no plano de Deus. Ela será "arrebatada" (tirada do mundo) no final da era da Igreja", e será revelada", sete anos mais tarde, no início do milênio. Os não-dispensacionalistas (e até mesmo alguns dispensacionalistas) negam qualquer distinção entre o "arrebatamento" e a "revelação", e mantêm que tudo passará através da "grande tribulação". Este grupo também considera o Israel apocalíptico como literal e, desta forma, insiste em uma restauração literal do reinado de Israel. Tenney observa acerdatamente que, quanto mais literalmente se considera o Apocalipse, mais fortemente se será um futurista.
É verdade que o Apocalipse contém profecia acerca da vinda de Cristo. Isto é importante, porque o grande evento do futuro é a vinda de Cristo, e todos os outros eventos derivam sua importância nele. O leitor moderno, assim, fica na mesma atmosfera de expectação que o escritor do Apocalipse. O autor escreveu que os eventos deviam, na maior parte, acontecer breve.


TEORIAS HISTÓRICAS
Este método é geralmente aproximado de duas maneiras: ou pelo método "histórico contínuo" ou pelo "histórico sincrônico". A aproxi­mação histórico-contínua mantém que o Apocalipse é uma epítome profética da história da igreja, desde a época de João até a consumação. O argumento em favor desta teoria é afirmado na base da menção de dois términos: o dia em que o autor viveu e o dia do fim. Esta é a visão protestante típica no fato de que ela fez o Apocalipse profetizar em detalhes a apostasia da Igreja Romana. Por este método, a série de sete igrejas, sete selos, sete trombetas e sete taças se faz representar nos eventos específicos na história do mundo. Estes consideram a cronologia do livro seriamente, e, achando profecias específicas acerca dos eventos nos seus próprios dias, cada geração declarou confiantemente que o fim do mundo está próximo, às portas.
A aproximação histórico-sincrônica é um resultado do que foi denomi­nado a "teoria da recapitulação", de Vitorino, do quarto século. Esta teoria ensina, que as séries de sete são realmente paralelas, cada série começando próximo à época de João e estendendo-se até o fim dos tempos. O problema que existe com este método (o histórico) é que a identificação exata com eventos da história passada em relação aos tempos modernos nunca foi totalmente explicada ou estabelecida. Se um evento devesse ser de valor para o leitor como uma indicação sobre onde ele (o leitor) pertenceu ao processo histórico, este evento seria identificável com grande certeza. Este método também exige a teoria da profecia de "ano-dia", que significa que um dia na profecia é sempre um ano. A "besta" que deve ter poder por "quarenta e dois meses", na realidade, tê-lo-á por 1.260 anos. Esta teoria nunca foi totalmente estabelecida.

COMO ENTENDER A DIVISÃO DO LIVRO DE APOCALIPSE

 A CORRENTE PÓS-MILENISTA
Crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e poderoso reavivamento e o crescimento espantoso da igreja ao ponto da terra encher-se do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Hc 2:4).
Essa corrente foi forte no século XVIII e XIX quando as missões estavam em franca expansão. Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta visão.

 A CORRENTE PRÉ-MILENISTA
Os Pré-Milenistas históricos ou moderados distinguem dos amilenistas em poucos aspectos: Reino e ressurreição. Porém os Pré-Milenistas dispensacionalistas ou extremados têm vários ensinos estranhos às Escrituras:
a) Distinção entre Igreja e Israel no tempo e na eternidade.
b) O Reino de Deus adiado para o Milênio terreno.
c) A crença num arrebatamento secreto, seguido de uma segunda vinda visível.
d) A ideia de que a igreja não passará pela grande tribulação a igreja será poupada da ira de Deus, mas não da tribulação. A tribulação não é a ira de Deus contra os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do anticristo e dos ímpios contra os santos. .
e) A ideia que teremos várias ressurreições.
f) A ideia de que haverá chance de salvação depois da segunda vinda de Cristo.

A CORRENTE AMILENISTA OU ESPIRITUAL
O livro de Apocalipse deve ser visto não como uma mensagem que registra os fatos em ordem cronológica, mas temos no livro sete seções paralelas e progressivas. Cada seção descreve todo o período que compreende da primeira à segunda vinda. Cada sessão descreve uma cena do fim. A cena do fim vai ficando cada vez mais clara e até chegar ao relato apoteótico da última sessão. Essas sete seções estão divididas em dois grandes períodos (1-11) e (12-22). A primeira descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda a perseguição do dragão e seus agentes.

Primeira Seção (1-3) - Os sete candeeiros:
Qual é a lição dessa seção? É que Cristo tem o controle da igreja em suas mãos.
Encontramos aqui Jesus uma descrição do Cristo que morre, ressuscita e vai voltar (1:5-7).
A morte e ressurreição de Cristo é o começo da era cristã, e o juízo final é o término da era cristã.
Segunda Seção (4-7) - Os sete selos:
 Qual é a mensagem dessa seção? É que ele tem o controle da história em suas mãos (5:5). Contemplamos sua morte (5:6), mas essa seção encerra com uma cena da segunda vinda de Cristo (6:6-12 e 7:9-17). Notemos a impressão produzida nos incrédulos pela segunda vinda (6:16-17) . Agora a felicidade dos salvos (7:16-17). A segunda seção é uma reiteração da primeira seção. Sua revelação vai do princípio ao fim dos tempos, ao juízo final. E nos é mostrado à diferença entre os remidos e os perdidos.
 Terceira Seção (8-11) - As sete trombetas:
Nesta visão vemos a igreja vingada, protegida e vitoriosa. Havendo começado com o Senhor como nosso sumo sacerdote no capítulo (8:3-5), avançamos até o juízo final em (10:7; 11:15-19). Uma vez mais estamos tratando das mesmas coisas - O senhor e sua igreja e o que lhes sucede no mundo, o juízo final, os redimidos e os perdidos. As trombetas são avisos antes do derramamento completo das taças da ira de Deus. Antes de Deus punir finalmente, ele sempre avisa.
 Quarta Seção (12-14) - A tríade do mal:
 Novamente voltamos ao início, ao nascimento de Cristo (12:5). Depois vem a perseguição do Dragão a Cristo e à igreja (12:13). Ele levanta a besta e o falso profeta. Finalmente, vem à cena do juízo final (14:8).  Em (14:14-20) há uma cena clara do juízo final.
 Quinta Seção (15-16) - As sete taças:
Descreve as sete taças da ira, representando a visitação final da ira de Deus sobre os que permanecem impenitentes. Uma vez mais a cena começa no céu relatando o Cordeiro com seu povo. Mas no capítulo 16 vemos uma espantosa descrição do juízo (16:15,20). Aqui a destruição é completa.
 Sexta Seção (17-19) - A derrota dos agentes do Dragão:
Há um relato da destruição dos aliados do Dragão: A meretriz (18:2), a besta e o falso profeta, os seguidores da besta e em contrapartida a igreja é apresentada como esposa de Cristo (19:20). A grande festa das núpcias ocorre; o juízo final chegou outra vez e a uma grande distinção entre redimidos e perdidos ocorre novamente. No capítulo 19 há uma descrição detalhada da gloriosa vinda de Cristo (19:11-21).
 Sétima Seção (20-22):
Essa seção mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não o milênio na terra depois da segunda vinda. O capítulo 20 começa na primeira vinda e não depois da segunda vinda. Então temos a descrição do juízo final (20:11-15). Após isso, vemos os novos céus e a nova terra e a igreja reinando com Cristo para sempre.

CONCLUSÃO
Apesar de essas seções serem paralelas, elas são também progressivas. A última seção leva-nos mais além para o futuro que as outras. Apesar do juízo final já ter sido anunciado em (1:7) e brevemente descrito em (6:12-17), não é apresentado detalhadamente senão quando chegamos a (20:11-15). Apesar do gozo final dos redimidos já ter sido insinuado em (7:15-17), não encontramos uma descrição detalhada senão quando chegamos em (21:1-22:5).

CRISTO REVELADO
         Quase todos os títulos usados em várias partes do NT para descrever a natureza divino– humana e a obra redentora de Jesus são mencionados pelo menos uma vez no Apocalipse, que junto com uma série de títulos adicionais, nos fornece uma revelação multidimensional da posição presente, do ministério contínuo e da vitória definitiva do Cristo exaltado.
Embora o ministério terreno de Jesus seja condensado entre sua encarnação e ascensão em (12:5), o Apocalipse afirma que o Filho de Deus, como Cordeiro, terminou completamente sua obra de redenção (1:5-6). Através de seu sangue, os pecadores foram perdoados, purificados (5:6,9; 7:14; 12:11) liberados (1:5) e fizeram reis e sacerdotes (1:6; 5:10). Todas as manifestações resultantes de sua vitória aplicada baseiam-se em sua obra terminada na cruz; portanto, satanás foi derrotado (12:7-12) e preso (20:1-3). Jesus ressuscitou dos mortos e foi entronado como Soberano absoluto sobre toda a criação (1.5; 2.27). Ele é o “Reis dos reis e o Senhor dos senhores” (17.14; 19.16) e deve receber a mesma adoração que recebe de Deus, o Criador.      
 O único que é “digno” para executar o propósito eterno de Deus é o “Leão de Judá”, que não é um Messias político, mas um Cordeiro (5:5,6). “O Cordeiro” é seu título primário, utilizado vinte e oito vezes em Apocalipse. Como aquele que conquistou, ele tem a legítima autoridade e poder de controlar todas as forças do mal e suas consequências para seus propósitos de julgamento e salvação (6:1-7.17). O Cordeiro está no trono (4:1-5:14; 22:3).
         O Cordeiro, como “um semelhante ao Filho do Homem”, está sempre no meio de seu povo (1:9-3.22; 14:1), cujos nomes estão registrados em seu livro da vida (3:5; 21:27). Ele os conhece intimamente, e com um amor incomensuravelmente sagrado, ele cuida, protege, disciplina e os desafia. Eles compartilham totalmente sua vitória presente e futura (17:14; 19:11-16; 21:1-22:5), bem como a “ceia das bodas” (19:7-9; 21:2) presente e futura. Ele habita neles (1:13), e eles habitam nele (21:22).  
Como “um semelhante ao Filho do Homem”, ele também é o Senhor da colheita final (14:14-20). Ele derrama sua ira em julgamento sobre satanás (20:10), seus aliados (19:20; 20:14) e sobre os espiritualmente “mortos” (20:12,15) – todos aqueles que escolheram “habitar na terra”. O cordeiro é o Deus que está chegando (1:7-8; 11:17; 22:7,20) para consumar seu plano eterno, para completar a criação da nova comunidade de seu povo em “um novo céu e uma nova terra” (21:1) e restaurar as bênçãos do paraíso de Deus (22:2-5). O Cordeiro é a meta de toda a história (22:13).

APOCALIPSE — ESBOÇO
A PARTE EPISTOLAR (Capítulos 1-3)
INTRODUÇÃO (1:1-20)
I — Sobrescrita (1:1-3)
II — Saudação (1:4-8)
III — Comissão (1:9-20)
AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA (2:1-3:22)
I — Éfeso (2:1-7)
II — Esmirna (2:8-22
III— Pérgamo (2:12-17)
IV— Tiatira (2:18-29)
V— Sardo (3:1-6)
VI — Filadélfia (3:7-13)
VII — Laodicéia (3:14-22)
LIVROS DE VISÕES (Capítulos 4-22) LIVRO I (4-11)
A SOBERANIA DE DEUS (Cap. 4,5)
I — Deus Criador (Cap. 4)
II — Deus Salvador (Cap. 5)
O CONTROLE DE DEUS SOBRE A HISTÓRIA (Caps. 6,7)
I— Sobre os ímpios (Cap. 6)
II — Sobre os Justos (Cap. 7)
A CERTEZA DO JUÍZO (Caps. 8-11)
I — Quatro Trombetas: Julgamento dos Ímpios (Cósmico) (Cap. 8)
II — Duas Trombetas: Ais Contra os Ímpios (Pessoal) (Cap. 9)
III               Interlúdio de Segurança aos Justos (Cap. 10)
IV               — A Última Trombeta: Ai Final Contra os Ímpios (Cap. 11)
LIVRO II (Capítulos 12-22)
A SITUAÇÃO DA IGREJA (Caps. 12-14)
I — A Igreja no Deserto (A Mulher e o Filho-Varão) (Cap. 12)
II         — A Fonte da Perseguição (As Duas Bestas) (Cap. 13)
III — Segurança dos Crentes (Cap. 14)
A IRA DE DEUS (Caps. 15,16)
I — O Cenário (Cap. 15)
II — A Ira Derramada (Cap. 16)
A DESTRUIÇÃO DE ROMA (Caps. 17,18)
I — O Cenário (Cap. 17)
II — A Destruição Derramada (Cap. 18)
A VITÓRIA DE CRISTO (Caps. 19,20)
A CONSUMAÇÃO (21:1-22:5)
EPÍLOGO (22:6-20)
BÊNÇÃO (22:21)










Trabalho:
Tema: As cartas às sete igrejas da Ásia, Éfeso, Pergamo, Sardes, Filadélfia, Esmirna, Tiatira e Laodicéia.
- o propósito geral das cartas.
- o motivo da escrita.
- as características das cidades.
- as religiões da época.
- correlação histórico-tipológico das sete igrejas.
- etc..
OBS: mínimo 05 laudas de conteúdo, dentro das regras da ABNT.
“Um bom trabalho a todos, Deus abençoe”.
Duvidas: 22-27574113/99219957/88284566.